FOTOS


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Alvarinho: chegou momento de profissionalizar as feiras

É momento de profissionalizar as feiras de promoção do vinho alvarinho. O recado foi dado ontem por António Ramalho, o director regional de Agricultura do Norte intervinha na sessão inaugural da Feira do Alvarinho, patente em Monção, na qual marcou presença a ministra do Trabalho e Solidariedade.Aquele responsável destacou evoluções recentes na valorização deste néctar: a cooperação entre os concelhos produtores, Melgaço e Monção, ao nível municipal e ao nível empresa- rial. Outra nota que Ramalho evidenciou foi o próprio discurso do presidente da Câmara Municipal de Monção. Frisando haver diversos alvarinhos, o autarca José Emílio Moreira abriu a sessão inaugural da Feira do Alvarinho destacando que a sub-região já produz com qualidade e agora precisa de vender com qualidade, reconhecendo haver ainda problemas de organização a solucionar, de que resultam perdas. Deu como exemplo as elevadas quantidades de alvarinho que, sendo produzidas, não são vendidas com este selo mas abastecem marcas de vinho verde menos valorizadas no mercado.O presidente da câmara de Monção traçou um quadro da importância social que a cultura do alvarinho implica. Trata-se de um sector que não é gerador de elevada quantidade de empregos a tempo inteiro mas para as famílias de trabalhadores representa importantes rendimentos complementares. O edil monçanense aproveitou a presença da ministra do Trabalho e da Solidariedade — ali presente para inaugurar uma creche durante a tarde —, para lhe solicitar a construção no concelho de mais dois centros de dia e apoio ao domicílio. A instalação de equipamentos de solidariedade, frisou o autarca, tem reflexos na economia uma vez que liberta para a produção mão de obra activa.Mesmo que sazonal ou a tempo parcial, o trabalho do vinho alvarinho é importante para complementar o rendimento das famílias, reconheceu a ministra.Helena André exortou os produtores e autarcas a prosseguir na procura da qualidade.A Feira do Alvarinho decorre até amanhã, com um programa de animação e gastronomia que tem ponto culminante o almoço de domingo com cabrito à moda de Monção. Ontem, a animação nocturna foi garantida por uma actuação de Quim Barreiros.Hoje, o programa abre com um grupo de bombos de Abedim, seguindo-se pela tarde o grupo de bombos de Mazedo e provas comentadas de vinho alvarinho. À noite, o recinto anima com Zezé Fernandes.Amanhã, a animação começa com o grupo de bombos de Troporiz, prosseguindo o programa com o IV Encontro de Comba-tentes do Ultramar e homenagem aos combatentes. Pelas 14h00 abre uma exposição dedicada ao ciclo do linho e um festival de folclore.

Garrafas a 5,50 euros:

A presente edição da Feira do Alvarinho conta com a presença de duas dezenas de produtores que concordaram no preço de 5,50 euros por garrafa para venda ao público durante o certame. O recinto conta com tasquinhas com gastronomia regional, fumeiros e doçaria, restaurantes e stands exteriores com venda de artesanato — bordados, couros, e outros institucionais, em representação de associações ou empresas da região.

Palácio da Brejoeira abre em Agosto com desfile de moda

O Palácio da Brejoeira, construído há cerca de 200 anos e classificado como Património Nacional há um século (1910), mas apenas apreciado à distância por quem passa, vai abrir ao público em Agosto. Situado a cerca de seis quilómetros de Monção, começou a ser construído no século XVIII, por Luís Pereira Velho de Moscoso, um cavaleiro da Ordem de Cristo. As obras prolongaram-se até 1834, 28 anos após o seu início, em 1806, ou seja, durante as Invasões Francesas e os anos imediatos à restauração do reino após o regresso da corte que se tinha deslocado para o Brasil.Quando a construção foi concluída já estava à frente da casa Simão Pereira Velho de Moscoso, filho do fundador. Sabe-se que anteriormente o local era conhecido por 'Quinta de Vale da Rosa' e que ali se fazia uma romaria a uma capela datada de 1605. Após a morte do morgado da casa, passou, em 1901, para as mãos de Pedro Maria da Fonseca Araújo, que efectuou algumas obras no palácio e no parque, sob a direcção do arquitecto Ventura Terra. Monumento nacional desde 1910, este palácio tem uma planta em L com duas grandes fachadas e três torreões. No entanto, tudo leva a crer que o projecto inicial, talvez um pouco ambicioso, apontava para uma planta quadrada. Apresenta uma fachada comprida e baixa, aliada a torres nos extremos, como acontece no Palácio da Ajuda em Lisboa. Ainda dentro da tradição barroca, multiplicam-se as janelas, profusamente decoradas, numa organização tradicional no Norte de Portugal. Contudo, o eixo central da fachada nobre aponta já para uma fase seguinte, de feição neoclássica, visível no uso de balaustrada e de urnas como remate decorativo. O interior conserva ainda salas de decoração neoclássica, que também recobre o interior da capela.Também ali ocorreram momentos de elevado simbolismo histórico, como em 1950, quando Oliveira Salazar recebeu na Brejoeira o chefe do governo espanhol, General Franco.Nos terrenos anexos resultado da fusão das várias propriedades da região, é produzido, desde 1977, o vinho Alvarinho, ‘Palácio da Brejoeira’ que também produz, aguardente bagaceira.

Manuel Serrão organiza mega desfile de moda:

Segundo avançou ontem o JN, dia 28 de Agosto 2.000 pessoas deverão assistir ao Brejoeira Fashion — um evento organizado pelo conhecido empresário portuense Manuel Serrão.Trata-se de um mega-desfile com caras famosas do panorama nacional. A entrada servirá de bastidores, de onde evolui diante da fachada uma passerelle ladeada por cadeiras para os espectadores. Emílio Magalhães, o administrador do palácio, admite que outros eventos se deverão seguir, avançando com hipótese de concertos de música clássica no Outono ou na Primavera. Para organizar as visitas ao espaço de um modo profissional, será, em breve, criado um Departamento de Gestão de Comunicação, Relações Públicas e Património.